sexta-feira, 23 de julho de 2010

Um encontro qualquer.

Um olhar desconsertado.
Me fita por longos minutos.
Aperta minha mão e me faz sentir o calor do teu corpo.
Tremo e fico gélido,um frio glacial domina meu estômago.
Faz de conta que está tudo bem e ignora meu nervosismo explícito.
Desvio o olhar.
Puxa um assunto qualquer.Talvez queira ouvir minha voz.
Tropeço as palavras e finjo entender o que você diz,apesar de só prestar atenção no teu olhar e no teu sorriso hipnotizante.
Você ri me fazendo sentir uma vontade imensa de te abraçar e ficar em silêncio por horas,apreciando o calor do teu corpo e sentindo o palpitar do teu peito.Ignoro meu desejo e converso coisas sem nexo.
Me faz uma pergunta.
Estou meio disperso mas respondo.Expresso confusão em meu rosto.
O silêncio cria um clima tenso.
Pergunta como estou.
Gostaria de te falar de como tudo tem sido difícil esse tempo todo longe,de como as noites tem sido frias, dos dias que chorei e dos versos que escrevi.Contar dos sonhos e dos pensamentos,contar da falta que me fez e do quanto eu te amo.
Mas não pude,não mesmo.Esboço um sorriso e digo que estou bem.Repito a pergunta.
'Bem', somente.
De repente surgem assuntos banais,conversamos, conversamos...
A falta de assunto mais uma vez volta a nos silenciar,nos sentimos desconfortáveis e resolvo ir embora.
Me despeço de maneira fria e seca.
Aperta minha mão e me olha de um jeito que não entendo.
Fim de mais um encontro ocasional,mais uma vez os teus olhos me calaram,mais uma vez voltei pro meu quarto e pro meu caderno,pra contar sobre você, e sobre o quanto eu te amo e isso me faz sofrer.

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